quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Conheça a telha feita com o tubo de pasta de dente

Construção sustentável: cresce o mercado de produtos feitos com matéria-prima reciclada. Na grande São Paulo, uma empresa produz telhas ecológicas com tubos de pasta de dente!

Uma ideia simples, mas muito lucrativa e ecológica! A empresária Cláudia Rozansky usa tubos de pasta de dente para fabricar telhas e placas. As placas são utilizadas na construção civil e nas áreas de decoração e arquitetura.

Durante 6 meses, a empresária testou vários produtos até decidir pelo tubo de creme dental feito com 75% de plástico e 25% de alumínio.

“Tanto o plástico quanto o alumínio demorariam de 100 a 500 anos para se degragadar na natureza”, explica a empresária.

A empresa tem 16 funcionários e a fabricação mensal é de 4 mil telhas e placas ecológicas. A telha representa 70% do faturamento do negócio. A empresária compra por mês 60 toneladas de tubos de creme dental que não passaram pelo controle de qualidade dos fabricantes.

Quando a matéria-prima chega, vai direto para o triturador. Não é preciso fazer nenhuma triagem. Tudo é aproveitado. Depois de moído, o material é colocado em bandejas e prensado a uma temperatura de 180º C. Por último, o produto é cortado.

Para fazer uma telha de pouco mais de dois metros são necessários, em média, 700 tubos de creme dental. Na fábrica, tudo é reaproveitado: as rebarbas das telhas, das placas e até o pó gerado no corte dos produtos. Toda sobra volta para a máquina de prensa e é transformada em novas telhas e placas ecológicas.

“Infelizmente nós não estamos podendo produzir mais por problemas de insumos. Não temos matéria-prima suficiente para produzir a demanda do mercado”, avisa Cláudia.

O investimento inicial para abrir uma fábrica como esta é de R$ 500 mil. A empresária recuperou o dinheiro em um ano e meio. O maior gasto neste negócio é com a compra de máquinas, trituradores e prensas.

As telhas e as placas, além de ecológicas, têm grandes vantagens, segundo a empresária. São flexíveis, isolam a acústica e o calor.

“Diminui o calor ambiente praticamente de 30% a 40%, fazendo inclusive a diminuição para uso de ar-condicionado”, observa a empresária.

A empresa vende os produtos no atacado e no varejo para 90 clientes espalhados pelo Brasil. No varejo, o preço de cada telha ecológica – de 2,2 metro de comprimento por 90 centímetros de largura sai por R$ 32. Ela é, em média, 3 vezes mais cara do que a telha de amianto. Mas, para a empresária a vantagem é que as telhas recicladas são mais leves e resistentes: suportam até 200 quilos.

As telhas e as placas ecológicas da empresária Cláudia Rozansky conquistaram grandes empresas, como uma loja de material de construção. Por mês, Cláudia vende para a loja 200 telhas e 100 placas.

“A gente resolveu investir nessa linha de telhas e placas porque além delas terem esse apelo ecológico que é o nosso propósito, também é um produto de excelente desempenho”, afirma o gerente da loja Estevão Gazzinelli.

E deu certo! Os produtos ecologicamente corretos garantem 20% do faturamento da loja. O artista plástico Renato Caldas é um dos clientes. Para construir o ateliê dele, em Cotia, na grande São Paulo, Renato comprou 85 telhas produzidas pela empresária Cláudia Rozansky.

“Sempre que eu posso, eu compro produtos ecológicos. Eu acho que cabe cada vez mais ao consumidor procurar produtos que tenham origem de reciclagem, origens ecológicas, origens certificadas”, diz o artista plástico.

“Uma ótima aceitação no mercado. Temos filas de espera de clientes. A demanda é muito grande. E hoje cada vez mais o consumidor está se conscientizando de usar produtos reciclados que estamos tratando da natureza. Enfim, é um ótimo negócio”, avisa Cláudia.



Site da empresa http://www.ecotop.com.br/

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Lixeira viva

Em caixas plásticas, sistema doméstico de compostagem converte resíduo orgânico em fertilizante

De essencial, a lata de lixo virou item supérfluo na cozinha da antropóloga Nicole Roitberg, 31. Há um ano, cascas de fruta, aparas de verdura, restos de alimentos, borra de café e saquinhos de chá têm outro destino: a Minhocasa, um sistema de compostagem doméstica em que minhocas convertem resíduos orgânicos em fertilizante natural.


Desenvolvida pelo Instituto Coopera, uma ONG de Brasília, aMinhocasa é resultado de uma experiência australiana adaptada e redimensionada para a realidade brasileira.

Trata-se de um sistema fechado, composto por três caixas plásticas empilhadas. No compartimento do meio, uma colônia de minhocas de duas espécies -vermelha da Califórnia e gigante africana- se alimenta de sobras de alimentos, folhas secas e papel, convertendo-os em dois tipos de adubo: húmus e um biofertilizante líquido.

"Hoje, o lixo seco já tem mercado, virou dinheiro. Há indústria para reciclar latinhas de alumínio e garrafas PET. Não se vê uma na rua", diz o administrador de empresas Cesar Cassab Danna, 35, um dos fundadores do Instituto Coopera. "Mas o lixo orgânico, que, segundo estatística mundial, representa mais da metade de uma lixeira doméstica, é o grande vilão. Mal manejado, é o que mais polui. Gera gás metano e chorume, aquele líquido ácido que acaba no lençol freático e contamina os rios."

Se na lixeira convencional o lixo cheira mal, no minhocário isto não ocorre. Não há fermentação porque a relação entre nitrogênio (lixo molhado) e carbono (matéria orgânica seca) é balanceada na proporção de um para dois, respectivamente.

"Quando há excesso de nitrogênio, o lixo fica muito úmido, entra no estágio anaeróbico e fermenta. O carbono tem a função de aerar o sistema, de criar canais de ar", diz Danna.

Ainda assim, o sistema gera um líquido com pH neutro usado como adubo folhear ou na rega. "Quanto maior for a diversidade dos restos alimentares, mais rico será o adubo."

A seu favor, a Minhocasa tem o fato de

1) ser compacta;

2) não gerar mau cheiro; 3

) não atrair ratos nem baratas;

4) não demandar os cuidados requeridos por uma composteira tradicional;

5) ser auto-regulável.

"As minhocas se adaptam de acordo com o espaço físico e a quantidade de comida disponível. Podem ficar até três meses sem receber alimentos. Não morrem, só diminuem ou param a reprodução", diz Danna.

A médica Luciana Tutida, 34, está reciclando o lixo orgânico há três meses. Nesse ínterim, porém, já ficou uma semana sem alimentá-las. "O manejo é simples, tanto que às vezes eu esqueço de colocar lixo e não tem problema", diz. "É gratificante saber que posso ajudar a reciclar o lixo que eu produzo."

Solução doméstica

A idéia de descartar o lixo orgânico da maneira convencional, colocando-o na rua para que seja recolhido pelo caminhão e descartado em lixões ou aterros, há muito tempo não agradava a antropóloga Nicole Roitberg, que trabalha com sustentabilidade ambiental.

"Em sítio, é fácil fazer a composteira e resolver o problema, mas, por morar em apartamento, ainda não tinha resolvido a questão do meu lixo orgânico.

"No início, Nicole enfrentou resistência da mãe. "Ela não queria de jeito nenhum. Trouxe de surpresa e deixei um recado: "Dê boas-vindas para a nossa família". Ela não gostou muito, mas, com o tempo, percebeu a importância não só de reciclar o lixo orgânico mas de perceber que a natureza transforma tudo. Uma coisa vira alimento da outra. Ao fazer isso, estamos tentando mimetizar esses processos da natureza."

Praticante da permacultura -manejo sustentável dos recursos naturais a fim de causar o menor impacto ambiental possível-, Danna diz que o grande apelo da Minhocasa é a funcionalidade e praticidade do sistema, mas principalmente a possibilidade de "cada um fazer a diferença".

"Existem muitos paradigmas a serem quebrados em relação ao lixo. Na cabeça de muitos, é aquilo que fede e atrai doença. Mas o lixo é tudo isso sim se mal manejado. Do contrário, torna-se não um poluente, mas um grande nutriente. Se cada um cuida do seu, o benefício para o meio ambiente é muito grande, e o dispêndio financeiro para a coleta, bem menor."

"O medo era sentir em casa o odor de caminhão de lixo"

Quando aquela caixa enorme aterrissou na cozinha de casa, toda embalada em papel Kraft, tarde da noite, gelei. Encontrar na jardineira uma minhoca aqui, outra acolá, era bom. Sinal de terra fértil. Mas a idéia de várias juntas, ao mesmo tempo, intimidava. Depois da longa viagem que fizeram, deviam estar estressadas, doidas para escapar. Melhor deixá-las se acalmar por uma noite.


No dia seguinte, ao tirar a colônia de minhocas do saco, algo parecia errado. Eram poucas e lentas. Quem sabe uma dose de comida para restabelecer o ânimo? No início, poderiam receber só 300 ml de resíduos orgânicos por dia. E toma picar a casca da banana, desfazer o saquinho do chá e esmigalhar a casca do ovo. Trabalho demais para quem, um dia antes, jogava tudo inteiro direto na lixeira.

Hoje, quase um mês depois, a tarefa é quase tão natural quanto a separação do lixo seco. Vibro ao ver que estão mais gordinhas, "correndo" para se enterrar (elas são fotossensíveis...) e que a família está aumentando.

O maior medo era sentir em casa aquele odor de caminhão de lixo. Mas não. Cheira a terra molhada. Outro temor era que o acúmulo de resíduos orgânicos atraísse vetores. Sequer uma formiguinha apareceu.

Curiosa tem sido a reação à novidade. Uns torcem o nariz e fazem expressão de nojo. Outros insinuam que um dia darei de cara com uma minhoca passeando pela casa. Já me perguntaram até se eu estava cevando iscas para pesca. E há quem ofereça os resíduos da própria casa para alimentá-las. Sem falar nos desconhecidos olhando estranho quando saio coletando folha seca na praça...
O fato é que o condomínio vertical de minhocas é um claro exemplo da capacidade de transformação do universo. Sinônimo de mau cheiro e doença, o lixo, quem diria, pode virar um nutriente riquíssimo e começar tudo de novo. (JF)






O QUE PODE SER COLOCADO


  • Cascas de frutas e legumes (até as sementes)

  • Aparas de verduras

  • Sobras de alimentos cozidos ou estragados (arroz, feijão, macarrão...)

  • Saquinhos de chá

  • Borra de café (com o filtro)

  • Casca de ovo

  • Folhas secas de árvore, podas de jardim e gravetos

  • Guardanapo de papel, papel-toalha, papel de pão, jornal, caixa de papelão, embalagens de papel

NÃO DEVE SER COLOCADO



  • Carnes de qualquer espécie

  • Excesso de frutas cítricas (casca de limão, laranja, abaccaxi e mexerica)*

  • Papel higiênico

* É preferível deixá-las secar antes de colocar


QUAL O TAMANHO IDEAL?


Caixa grande:



  • Absorve até um litro de resíduo orgânico por dia (produção de três a quatro pessoas, em média) 45 cm de largura X 60 cm de profundidade X 80 cm de altura

  • R$ 275 + taxa de entrega*

Caixa pequena:



  • Absorve até meio litro de resíduo orgânico por dia (produção de duas pessoas em média) 40 cm de largura X 35 cm de profundidade X 60 cm de altura

  • R$ 195 + taxa de entrega*

COMO ENCOMENDAR



Reportagem extraída do jornal Folha de São Paulo dia 4 de setembro de 2008.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Razões para reciclar

CONTRIBUIÇÃO PARA A NATUREZA :
50 kg de papel velho = uma árvore poupada
1.000 Kg de papel reciclado= 20 árvores poupadas
1.000 Kg de vidro reciclado= 1300Kg de areia extraída poupada
1.000 Kg de plástico reciclado= milhares de litros de petróleo poupados
1.000 Kg de alumínio reciclado= 5000Kg de minérios extraídos poupados

Note que areia, petróleo e minérios são recursos naturais não renováveis.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Lixo x Cores

Cada lixo tem uma cor certa, isto facilita a coleta seletiva.
AZUL: papel/papelão
VERMELHO: plástico
VERDE: vidro
AMARELO: metal
PRETO: madeira
LARANJA: resíduos perigosos
BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
ROXO: resíduos radioativos
MARROM: resíduos orgânicos
CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação

domingo, 6 de setembro de 2009

Reciclagem

Sempre há duvidas sobre o que pode ou não reclicar.
Fiz uma lista de alguns materiais recicláveis e não recicláveis dentro das categorias Plástico, Metal, Papel e Vidro.
PLÁSTICO
Reciclável: Copos, Garrafas, Sacos/Sacolas, Frascos de produtos, Tampas, Potes, Canos e Tubos de PVC e Embalagens Pet (Refrigerantes, Suco, Óleo, Vinagre, etc.)
Não Reciclável: Cabos de Panelas, Adesivos, Espuma, Acrílico e Embalagens Metalizadas (Biscoitos e Salgadinhos)

METAL

Reciclável: Tampinhas de Garrafas, Latas, Enlatados, Panelas sem cabo, Ferragens, Arames, Chapas, Canos, Pregos e Cobre.
Não Reciclável: Clipes, Grampos, Esponja de Aço, Aerossóism, Latas de Tinta, Latas de Verniz, Solventes Químicos e Inseticídas
PAPEL
Reciclável: Jornais e Revistas, Listas Telefônicas, Papel Sulfite/Rascunho, Papel de Fax, Folhas de Caderno, Formulários de Computador, Caixas em Geral (ondulado), Aparas de Papel, Fotocópias, Envelopes, Rascunhos e Cartazes Velhos.
Não Reciclável: Etiquetas Adesivas, Papel Carbono, Papel Celofane, Fita Crepe, Papéis Sanitários, Papéis Metalizados, Papéis Parafinados, Papéis Plastificados, Guardanapos, Bitucas de Cigarros e Fotografias.
VIDRO
Reciclável: Garrafas, Potes de Conservas, Embalagens, Frascos de Remédios, Copos, Cacos dos Produtos Citados e Pára-brisas
Não Reciclável:
Espelhos, Boxes Temperados, Louças, Cerâmicas, Óculos, Pirex, Porcelanas, Vidros Especiais (tampa de forno e microondas) e Tubo de TV

sábado, 5 de setembro de 2009

Tipos de Lixo

Lixo doméstico
também chamado de lixo domiciliar ou residencial, é produzido pelas pessoas em suas residências. Constituído principalmente de restos de alimentos, embalagens plásticas, papéis em geral, plásticos, entre outros.

Lixo comercial
gerado pelo setor terceiro (comércio em geral). É composto especialmente por papéis, papelões e plásticos.


Lixo industrial
original das atividades do setor secundário (indústrias), pode conter restos de alimentos, madeiras, tecidos, couros, metais, produtos químicos e outros.

Lixo das áreas de saúde
também chamado de lixo hospitalar. Proveniente de hospitais, farmácias, postos de saúde e casas veterinárias. Composto por seringas, vidros de remédios, algodão, gaze, órgãos humanos, etc. Este tipo de lixo é muito perigoso e deve ter um tratamento diferenciado, desde a coleta até a sua deposição final.


Limpeza pública

Composto por folhas em geral, galhos de árvores, papéis, plásticos, entulhos de construção, terras, animais mortos, madeiras e móveis danificados


Lixo nuclear
decorrentes de atividades que envolvem produtos radioativos, entre outros.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Não recicla.

Os chamados Rejeitos, que seriam lenços, papel higiênico, absorventes e guardanapos de papel sujos, fotografias, bem como espuma, acrílico, espelhos cerâmicas, porcelanas, tijolos, etc

Resíduos específicos, ou seja, pilhas e baterias.

Resíduos hospitalares, algodão, seringas, agulhas, gazes, ataduras, etc

Lixo químico ou tóxico, como por exemplo embalagens de agrotóxicos, latas de verniz, solventes, inseticidas, etc

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lixo e Lixeira... Metamorfose

Lixo = É qualquer material, que é considerado inútil, supérfluo, repugnante ou sem valor.

Lixeira = Local onde ser humano resolveu jogar tudo que considera inútil.

Metamorfose = Mudança na forma e na estrutura do corpo.

Lixo e Lixeira... Metamorfose = Blog